Projeto AGAPe: Caçadores de Monstros - Capítulo 2: AGAPe #1 O Lobo Gambá (Parte 2)

Capítulo 1 (Parte 1 | Parte 2); Capítulo 2 (Parte 1)

Estava claro que ninguém percebeu o risco que estava vindo. Chegamos ali antes da criatura, foi isso que imaginei. Todos estavam reunidos em volta da casa que fora invadida. Olhei para a casa da velhinha que nos acolheu. Uma casinha bem simples. Gabriel viu minha cara de preocupação.

- O que houve? Encontraram a mulher? E a criatura?

- A mulher não é mais nosso problema. - disse. - Vamos àquela casa! - apontei à casa da velhinha.

Antes aproximei-me aos ouvidos de Kenji e pedi-lhe que avisasse a todos para se trancarem em suas casas, mas que aquilo deveria ser feito da forma mais cautelosa o possível.

Eu e Gabriel entramos na casa. Estava anormalmente escura, levando-se em consideração que estava clara quando partimos. Senti um cheiro horrível, como se alguém estivesse se decompondo alo. Aproximamo-nos o máximo possível do quarto da nossa anfitriã e só então podíamos ouvir seus gritos baixos e roucos. Em um chute derrubei a porta.

"Socorro..."

A senhorinha mal podia gritar enquanto era mastigada pelo Lobo Gambá. Seus dentes atravessavam-lhe o pulmão. Ela até estava resistindo mais do que devia para uma senhora idosa. Tivemos que gritar para chamar os outros - sim, gritar! Apesar da nossa alta tecnologia, os sinais de comunicação haviam sido cortados desde que os AGAPes se espalharam por toda a Laurásia. Só há sinal na Praça Sextante.

Todos já estavam em suas casas. Somente os caçadores estavam a postos. O monstro saiu da casa com a velhinha ainda viva em suas mandíbulas. Todos se assustaram. Kowalsky atirou uma flecha no crânio da senhora, acabando com seu sofrimento. A equipe correu para dentro da floresta onde a luta ocorreria longe dos civis.

Escalamos as árvores (fomos treinados para isso) com tamanha velocidade e torcendo para que o AGAPe não saiba escalar árvores também. Acabei deixando minha mochila com meus equipamentos caírem. Pelo menos o Lobo Gambá não consegue escalar árvores. Kowalsky tentou acertar-lhe com suas flechas, Bruno tentou acertar-lhe com seu bumerangue, mas a criatura era rápida. Se Luis lhe atirasse com a bazuca seria derrubado da árvore. Esperaríamos a criatura se cansar, desistir e ir embora.

A criatura, porém, usou suas garras e começou a cortar a árvore utilizando-as como se fossem serras de lenhador. A cada chacoalhada na árvore meu coração disparava. A árvore estava quase caindo quando senti um peso do outro lado da árvore. Kenji havia pulado na árvore e em seguida atirou-se a criatura, sentando em suas costas e tentando controla-lo como um touro furioso. Sacou Ken (sua espada) de suas costas e começou a fatia-lo como presunto. Sangue espirrava em seu rosto, mas Ken era destemido.

Em alguns minutos sobraram só rodelas da criatura que assombrava o bairro de Moradia. Fiquei aliviada. Então a árvore em que eu estava caiu.

Não lembro de algo mais.

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