Projeto AGAPe: Caçadores de Monstros - Capítulo 11: AGAPe #9 O ogro-cogumelo (Parte 1)

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Saí da Praça Sextante com mais dúvidas do que quando entrei. Achei que descobriria alguma coisa mas tudo o que aconteceu foi o fato de eu estar com a cabeça mais preocupada ainda, ter acontecido várias intrigas e termos perdido um amigo cujo o passado nunca descobri. Precisaríamos retornar para que continuássemos derrotando AGAPes.

Fomos na mesma limusine em que fomos tragos. O motorista nos deixou no mesmo local em que fomos levados. Então ele simplesmente saiu do carro e seguiu a pé pela estrada.

- Não vai levar o carro? - perguntei.

- É um presente do Rei Carlos. - respondeu e continuou seu caminho.

- Oba! - gritou Gabriel.

- Espera! - disse Kenji enquanto o motorista seguia bem longe. - Temos que verificar tudo da limusine! Não podemos confiar nos sextantes.

Ele estava certo, então segurou Ken e moveu-se em direção ao carro. Palavras de "cuidado" eram ouvidas a distância. O primeiro local que ele verificou foi o bagageiro, e logo de cara havia algo suspeito ali. Havia uma espécie de sacola azul enorme com algo dentro que o recheava completamente. Lua se contentou achando que fosse as roupas luxuosas que havíamos usado na noite da apresentação, mas ela foi barrada por Gabriel.

- Não seria o corpo de Shadow? - ele disse.

Realmente quando fomos praticamente expulsos de lá não vimos o que aconteceu com o corpo de Shadow. Imaginamos que ao menos ele seria enterrado em um local decente diferente de muitos de nós que ficam jogados pelo caminho apodrecendo. Mas a sacola começou a se mexer.

Kenji aproximou-se para abrir com a mão esquerda enquanto usava a direita para sustentar Ken. Para nossa surpresa havia uma pessoa lá: Katherine.

Ela foi desacordada e mantida dentro da limusine, sendo assim banida da Praça Sextante. O rei sabia de tudo, estava apenas fingindo. Ela agora conviveria conosco, seria uma de nós e poderia ficar perto de sua melhor amiga Suzane, mas isso desagradou a muitos, pois ela foi a causa da morte de nosso amigo.

Suas roupas estavam rasgadas e ela estava bastante machucada, deve ter sofrido algum tipo de violência da qual não lembra. Retiramos-a do carro e a carregamos para fora até ela poder andar sozinha e estarmos bem distante da limusine. Que explodiu.

Tivemos tempo de nos proteger e abaixarmos no chão enquanto pedaços do carro iam pelos aires. Katherine seria assassinada se não a tivéssemos salvo. Mas o que mais me preocupa é o fato de que também estávamos dentro da limusine e poderíamos ter morrido também, o que deixou todos nós em dúvida. Teria sido um atentado contra nós?


Henrique estava muito preocupado com a gente e não acreditou que havíamos passado a noite na Praça Sextante, nós humildes não temos esse privilégio. Os nomes de Shadow e Bruno foram apagados dos registros. A contragosto Katherine foi inserida na Equipe 98 e se tornou uma caçadora. Deveríamos caçar um novo AGAPe apelidado por mim de "Ogro-Cogumelo".

Era um monstro semelhante a um ogro, mas com cabeça de cogumelo - talvez um híbidro. Ele desmembrava as vítimas - havia várias partes de corpos espalhados por onde ele passava. Normalmente as vítimas eram esquartejadas já mortas, já que um simples toque causava uma reação alérgica que bloqueava as vias respiratórias da vítima, fazendo-a morrer sufocada.

Teríamos que ensinar Katherine a usar armas, e a única com paciência para isso seria Suzane. Muitos torciam para que ela morresse logo na primeira missão, esquartejada se possível.

Demorou um tempo para que ela tocasse no assunto, mas chegou até mim e confessou que se ofereceu para Shadow e ele, fraco, aceitou. Os dois foram flagrados por João. Para se salvar ela disse que foi a vítima e Shadow foi morto ali mesmo por João.

Aquela história deixaria todos ainda mais furiosos, inclusive eu mesma estava ficando com raiva. A equipe cochichava entre si enquanto Katherine conversava comigo. Todas as conversas (inclusive a minha) foram interrompidas quando ouvimos um barulho.

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