Projeto AGAPe: Caçadores de Monstros - Capítulo 10: Nossa visita à Praça Sextante (Parte 2)

Capítulo 1 (Parte 1 | Parte 2); Capítulo 2 (Parte 1 | Parte 2); Capítulo 3 (Parte 1 | Parte 2); Capítulo 4 (Parte 1 | Parte 2); Capítulo 5 (Parte 1 |Parte 2); Capítulo 6 (Parte 1 | Parte 2); Capítulo 7 (Parte 1 | Parte 2); Capítulo 8 (Parte 1 | Parte 2); Capítulo 9 (Parte 1 | Parte 2); Capítulo 10 (Parte 1)

Katherine, Rei Carlos e seu conselheiro João.
Brevemente deveríamos voltar para casa. A ideia de que havia muita gente nos esperando lá fora para salva-los dos AGAPes me fez acordar mais cedo. Eu fiquei imaginando que brevemente Suzane deveria partir e deixar sua melhor amiga para trás. Mas algo fez tudo mudar. Uma movimentação estranha que, por algum tempo, achei se tratar de um ataque de monstros, apesar de não ter pensado que a segurança ali era espetacular a ponto de não permitir um único AGAPe dentro.

Antes de contar o que houve, gostaria de contar o que houve na noite anterior - ou melhor - no dia anterior.

João era o conselheiro do rei. Ele seguia cada passo de Katherine acreditando que a mesma estaria traindo o supremo. Por muitas vezes ele tentava abrir os olhos de seu senhor em relação a esposa que estava casada com o rei assim como Perséfone estava casada com Hades.

Até então Katherine foi flagrada com ninguém, mas João continuou pondo ideias ruins na cabeça do rei, a ponto de deixa-lo infurecido. Mas uma hora ela foi pega no ato!

Kowalsky veio correndo me chamar - nem havia tirado o pijama - e pediu para que o acompanhasse. Seu rosto estava pálido e sua voz tremia. Segui-o e ele foi indo em direção aos aposentos reais onde uma multidão ali se reunia. De dentro do quarto saía Katherine aos prantos.

- Ele tentou me estuprar! Ainda bem que o mataram! - ela não parava de repetir essas palavras.

"Espero que não seja algum integrante da minha equipe" pensava comigo mesma, mas estava enganada.

O que vi foi Shadow com um enorme buraco no peito, pelado e banhado em sangue. As armas sextantes são muito potentes com o objetivo de destronar AGAPes, mas foi usado em um ser humano. Nunca imaginei que ele seria capaz de agredir alguém assim, mas também não negaria uma oportunidade que lhe foi dada, ou seja, ela estava mentindo, ela se ofereceu, e ele aceitou.

Não apenas eu pensava assim, mas João também, que discordava com a cabeça enquanto via Katherine chorar nos braços do marido. Caioviskhy ironizou:

- O Shadow não perde uma oportunidade, não é mesmo?

Kowalsky ficou muito preocupado, pois sempre era defendido de Caioviskhy por Shadow. Estavam todos sem entender. Suzane procurou acreditar na amiga que continuava a defender que quase foi vítima de estupro, e seu parceiro estava realmente acreditando nisso, sobrando para o pobre Shadow que acabou morto. Encarou tantos AGAPes para morrer nas mãos de uma garota-veneno.

Quis espancar Katherine mas não o fiz por respeito a Suzane, então me controlei. Conversei com Carlos e decidimos que deveríamos voltar, sem mais delongas.

Assim partimos deixando um grande amigo para trás. Suzane continuava a defender sua amiga e, para não iniciar uma tórrida discussão, decidi encerrar o assunto por ali mesmo, e esperava que, se Katherine estivesse mentindo, pagasse muito caro por isso.


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