Projeto AGAPe: Caçadores de Monstros - Capítulo 6: AGAPe #5 O Pedófilo (Parte 2)

Capítulo 1 (Parte 1 | Parte 2); Capítulo 2 (Parte 1 | Parte 2); Capítulo 3 (Parte 1 | Parte 2); Capítulo 4 (Parte 1 | Parte 2); Capítulo 5 (Parte 1 | Parte 2); Capítulo 6 (Parte 1)

Achei estranho o fato de Bruno se apegar a alguém que justamente tem um nome que se assemelharia ao de seu filho... se ele tivesse um... se ele tem um!

Imaginei que o fato de Bruno ter se apegado ao garoto foi que ele tinha um filho que deve ter sido mastigado pelo pedófilo, ou qualquer outro AGAPe. E agora ele estaria tentando salvar o garoto tentando fazer aquilo que não pode fazer pelo próprio filho. Mas ainda não era hora de fazer-lhe perguntas e não poderia deixar as dúvidas me dominarem àquela hora.

Beruccia conseguia colher as frutas preferidas do garoto que aos poucos ia se abrindo para nós e já parava de soluçar e choramingar. Já tinha entendido que estávamos ali para protege-lo.

Estávamos nos aproximando da base quando Henrique veio à porta. Shadow entregou o pequeno Júnior em suas mãos. Estávamos entrando quando o alarme disparou. Shadow rapidamente colocou a criança no colo de Bruno e sacou sua espada e sua pistola.

Adentramos a base o mais rápido possível, nosso pior erro. Ficamos trancados na base enquanto a segurança verificava se algo havia de errado. E havia. O Pedófilo já tinha entrado na base. E estava bem perto de nós. Bruno de repente caiu e a criança em seu colo foi arremessada aos berros. Beruccia conseguiu pega-la antes que caísse ao chão.

Nas costas de Bruno estava o AGAPe que pouco se interessava com o adulto. Levantou e foi atrás de Beruccia. Ela arremessou por sua vez para Shadow que não conseguia segurar o garoto, a espada e a pistola ao mesmo tempo. Então ele tropeçou e imediatamente a criança já estava em meu colo, e a criatura estava vindo em minha direção.

Como em um passe entreguei Júnior nos braços de Henrique que não soube muito bem segurar a criança e acabou deixando-a cair. Então a criatura pulou em cima da criança, agarrou-a e levou-a consigo para um canto escuro do corredor onde estávamos.

Fui atrás dele porém Bruno pulou diante de mim e foi na minha frente. Ainda estava me perguntando por que Bruno queria tanto proteger aquela criança. Corria atrás de Bruno quando de repente ele parou e caiu de joelhos. Vi então a criatura devorando o pequeno garoto. Percebi que Bruno tirava algo de sua cintura, seu bumerangue. Arremessou-a em direção do AGAPe que explodiu junto com o Júnior. Vários pedaços de carne e sangue foram jorradas em todas as direções.

Toda aquela parte da base foi destruída e tudo o que sobraram foram restos de carne queimada que não podíamos identificar se era da criatura ou do garoto. Bruno começou a chorar e logo foi amparado por Henrique.


Saímos da base e nos deparamos com o restante da equipe que percebeu que estávamos cobertos de sangue e sem a criança.

- Seguimos a criatura, ela deve estar aqui por perto! - disse Luis.

- Encontramos a criatura. Ela está morta. Infelizmente o pequeno Júnior também está. - respondi.

- Quem é Júnior?

- É o nome do garoto. - respondeu Beruccia.

Bruno por nós completamente bravo e triste.

- O que aconteceu com ele? - perguntou Luis.

- Sei tanto quanto você. - respondi.

E assim prosseguimos para localizar o próximo AGAPe. Anotei o Pedófilo no Diário. Olhei para o lado e percebi que Caioviskhy e Suzana continuavam juntos. Kowalsky percebeu isso e me disse:

- Agora eles só vivem assim. São dois para me perturbarem agora!

Tive que verificar. Fui até o encontro deles e perguntei descaradamente o que estava acontecendo com eles já que aquilo os desconcentrava em uma missão.

- Te interessa? - respondeu Caioviskhy.

- Calma Caioviskhy. - disse Suzana. - Ele está me ajudando a encontrar minha amiga.

- Que amiga? - perguntei.

- Tinha uma amiga. O nome dela é Katherine. Éramos melhores amigas na escola. Porém durante A Revolta ela simplesmente desapareceu e acho que fora sequestrada pelos Sextantes. Tenho que acha-la.

- Não se preocupe. Vamos encontrar sua amiga.

E assim partimos para caçar novos AGAPes, e encontrar Katherine. Algo me dizia que devemos ir ao encontro dos Sextantes. A partir daquele momento aquela sociedade não me passava mais confiança. Só queria saber por que Bruno estava agindo daquele jeito.

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